quinta-feira, 28 de julho de 2022

DIA MUNDIAL DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

Quando se fala em natureza vêm-me à memória imagens do mar, dos rios, ribeiras, mas também das montanhas que os meus olhos viram e amaram desde a mais tenra idade, e ainda de outras que afortunadamente viria a conhecer ao longo da vida.  
Hoje, até podia aqui colocar imagens dessas belezas longínquas que me fascinaram, mas sinto que as "minhas" nossas serras, tão perto do olhar e do coração merecem destaque e atenção pelo muito que sofrem.  
Estamos à beira de uma catástrofe de consequências imprevisíveis, nefastas e dramáticas para a humanidade de todos os cantos do planeta e, infelizmente, descura-se a protecção das montanhas que com as suas nascentes, florestas, vegetação, flora e fauna bem podia ser um garante de equilíbrio e sobrevivência. 
A serrania mudou! Nada é como foi e também não se quer que volte a ser. Apenas se deseja melhor sorte do que aquela que neste momento está a acontecer, com sucessivos incêndios que delapidam e provocam erosão das terras e levam ao desaparecimento de espécies únicas. 
Os grandes nevões que outrora cobriam montanhas e vales durante dias e dias, deixam de existir e o mesmo sucedeu com pastores, resineiros, pequenos e médios agricultores, que aqui em terrenos de socalcos a agricultura era e é muito dura e de parco rendimento.
Porém, não posso deixar de realçar a qualidade e o sabor único do feijão, milho, batatas, couves, alface, tomate, centeio, frutas, etc.... que aqui se cultivava e ainda cultiva - por meia dúzia de lutadores (as), gente de espírito guerreiro e com amor à terra e verdadeiros(as) guardiãs deste paraíso onde se respira e sente a maior serenidade e paz que é possível. 
Sim, é mesmo um paraíso! Infelizmente tarda que assim seja reconhecido, com prejuízo de quem luta todos os dias por se manter aqui e sobrevir nas condições adversas desta interioridade mal-amada e ostracizada pelos poderes instituídos, esquecidos que do valor do oxigénio que respiram, e da chuva que não encherá as barragens de onde sai a água que bebem porque caminhamos para um deserto 
O grito pungente da natureza que ecoa a cada novo cataclismo devia ser suficiente para mudar mentalidades, alterar políticas, fazer o que está certo! Mas não! Se nem depois de um vírus que nos isolou e fez sentir a importância deste lugares e cantinhos para a nossa sobrevivência nos fez acordar, nada mais o fará! 
Vivemos na ilusão de que não é nada connosco e nada disto nos afecta... um dia aparecerá a solução... e lá vamos ignorando como tristes mortais... dizendo que nos outros lados também acontece. E, mesmo sabendo que estamos enganados, "assobiamos para o lado"!  Que vamos deixar desta natureza às futuras gerações para que possam respirar, ter água, alimentar-se, viver?
Não podemos ignorar que o que se passa na Antártida tem aqui repercussões tal como têm lá - ou noutro lado qualquer - os fogos, a desertificação, abandono, culturas que esgotam a terra, destroem recursos hídricos e habitat naturais de animais, aves e plantas. Tudo vai continuar a ser destruído enquanto não houver um plano bem pensado para o ordenamento florestal e a valorização deste um território. 
Sabemos que as espécies autóctones de cada região são sempre as mais indicadas e deverão ser as privilegiadas.  É crucial que se evitem monoculturas de pinhais e eucaliptais - todos sabem disso - mas é o que continuo a ver em km e km de extensão e me arrepiam até ao mais fundo da alma. 
Até aqui, depois de mais um incêndio, a meia dúzia de eucaliptos que um dia alguém plantou, bem visíveis na imagem, e ainda as sementes que os pássaros se encarregam de disseminar vão deixar-nos a braços com dezenas de pés que não queremos, teimo em arrancar, mas de nada vai valer. 
É certo que a natureza se regenera, como que a dar-nos "bofetadas" pelo nosso desleixo em relação a ela. A melhor prova são estes medronheiros, devastados completamente, mais uma vez, por um incêndio que aconteceu aqui - e dele dei conta - em 2020, estão de novo verdíssimos, maravilhosos, com fruto e flor!
A humanidade vai definhar, talvez desaparecer, mas o medronheiro, também por aqui chamado ervedeiro, voltará sempre mais forte! É uma das minhas árvores de eleição; bela, resistente e das poucas com fruto e flor ao mesmo tempo! Um prodígio da bendita natureza! 
Sei que mais um ano vai passar, muito se falará da natureza, com planos e planos..., mas nada vai mudar. Eu, pouco ou nada posso fazer. Continuo a aguardar com esperança um plano integrado para toda esta região que a salve do mais completo abandono florestal com consequências nefastas para os de perto, mas também os de longe porque a natureza é global!   

terça-feira, 26 de julho de 2022

NETOS, CINCO!

Como os dedos de uma mão.
Enchem a casa, a mesa
E de ternura o meu coração.
Com eles é sol em cada dia,
Nenhuma hora de solidão.

É risos, descobertas, magia,
Luz que explode em clarão
E de repente... mansidão!

Não sei a qual quero mais
E sinto infinita saudade
Destes meus lindos pardais
Quando vão em debandada
Para o ninho dos pais. 

E se o destino quiser 
Dar-me ainda mais riqueza
Agradecerei aos céus
Por tão inigualável grandeza.

Os braços estarão abertos
E haverá sempre lugar na mesa! 
💗
Dedicados aos meus netos
AMORES MAIORES, da minha vida!

MM
Julho 2022

terça-feira, 12 de julho de 2022

sexta-feira, 8 de julho de 2022

EM HOMENAGEM 🙏

Ao amigo ANTÓNIO SILVA DINIZ.

Mais um sobralense que parte e nos deixa na mais profunda tristeza. 

À esposa, a minha querida e inesquecível amiga Lucinda, o meu mais fraterno abraço extensivo aos filhos Ana e Rafael, à neta e a toda a restante família, com sentimentos de profundo pesar.

Que Deus a todos abrace e conforte nesta hora de provação, perda e dor, e receba o António na glória do seu reino, que redimido por todos os sofrimentos que na terra passou lhe dê agora o merecido descanso.

Até um dia, António 🙏

Nota: O corpo estará em câmara ardente a partir das 10:30 horas de Sábado, 9 de Julho, na Igreja Matriz do Sobral de São Miguel.

O funeral realiza-se pelas 12h00, com Missa de Corpo Presente, seguindo para o cemitério do Sobral de São Miguel. Ver menos