É assim a paisagem que Novembro traz, parecendo um quadro pintado nos mais variados tons que merece ser olhado e, mais do que isso, contemplado com gratidão.
Isto porque a floresta portuguesa carece, cada vez mais, destes tons diversos para contrastarem com a monocultura instalada de pinheiros e outras espécies de folha perene verde a que agora se juntam os eucaliptos plantados por todos o lado, que pouco divergem desse tom, e dão uma paisagem monótona sempre da mesma cor.
Urge replantar castanheiros, muitos castanheiros, cerejeiras e outras árvores de fruto, para além de plátanos e outras árvores de folha caduca que possam dar à floresta mais diversidade e beleza.
Que os caminhos nas cidades e nas serras ganhem ainda mais atração pelas cores de ouro e escarlate que as árvores ostentam na sua folhagem e o vento as fará despir em cada dia.
O chão terá então um manto de folhas que alimentarão as raízes e adubarão a terra preparando-a para o novo ciclo de vida que renascerá na próxima Primavera. Bendita natureza!