A ALEGRE CASINHA 😃

Com um minúsculo 1º andar a contar vindo do céu, 

e mais dois palmos no rés-do-chão... 

resolve-se o problema da habitação. Ai se descobrem este filão! 

Mas, mesmo assim, 

não é garantido que acabe a especulação.  😠

Na verdade, embora bem pequeninas, estas casinhas
até são bem engraçadas e podemos escolher uma distante,
ou mais junto de outras.

Como estas assim alinhadas, bem conservadas,

e com ruas devidamente asfaltadas!

No exterior de algumas dessas pequenas casas 

 há um espaço privado, aprazível para convívio.

O local é rodeado de jardins e mata.

 Impera o silêncio, quebrado apenas pelo canto dos pássaros,

ou por alguns visitantes mais ruidosos.

 Vários utensílios antigos, como é caso da carroça 

e das panelas de ferro, foram usados como floreiras.

À primeira impressão até parece uma aldeia, 

com pequenas e originais casas.

Mas é apenas um Parque de Campismo,

neste caso no Luso! 

 Terra de boa água e de um complexo termal,

tem afinal outros encantos que vale a pena conhecer!

PEDRA SOBRE PEDRA

É um prazer estas pedras admirar

e por entre elas o mais belo céu azul espreitar.

Pedras de todos os tamanhos e feitios

que fazem muralhas e montes e se enchem de brios!

No covão do Boi, numa rocha, foi esculpida a Senhora da Boa Estrela, 

 inaugurada em 1946, digna de todos os louvores,

é padroeira dos Pastores.

A escultura é atribuída ao pároco local, António Duarte, 

que a idealizou e esculpiu com gosto,

realizando-se a sua festa no segundo domingo de Agosto.

 Montanha de pedra, que merece um hino!

Obra da natureza que o homem escavou 

e assim continuar o caminho.

Barragem das Penhas Saúde. 

Lençol de água que transformou a paisagem.

É precioso e não é miragem!

É assim me despeço da Serra, de céu azul a brilhar.

 Branco, verde e cinza a emoldurar,

e me deixa no coração a esperança de ainda poder voltar.

MARIOLAS OU MALHÕES

É o nome das pedras empilhadas que está na moda deixar por todo o lado nas serras mas também em praias. E porque o povo anda sempre atrás de modas, já encheu de montinhos a zona da Torre, na Serra da Estrela, dizendo que é uma forma de cada um - ou em família - deixar uma marca da sua passagem...!!

Os seres humanos que continuam a ter tão pouco respeito pela natureza, e deixam nela tantas marcas negativas, fará algum sentido deixar mais esta, só por diversão? Imaginemos milhões de pessoas a passar por aqui a deixar "a sua marca", daqui por 10 anos haverá onde pôr os pés? 

E não faz mesmo sentido, pois descobri que: "os "malhões" ou "mariolas", são marcos de sinalização de trilhos, com origem bem antiga no pastoreio ancestral, e que hoje servem também para complementar as marcas da rede de percursos pedestres e indicar outros trilhos que não dispõem dessas marcas. "   Luís Nunes 

"Para quem explora a montanha, um único malhão no sítio certo faz a diferença entre continuar no trilho correcto e seguro, ou perder-se por o que podem ser quilómetros e/ou horas de caminhada, com os riscos que daí advenham." Luís Nunes

Assim, reflectindo nas palavras acima descritas, e ainda que por enquanto estes "marcos" não façam aqui grande mossa, o mais acertado é mesmo deixar as pedras onde elas estão e não andar a "inventar". A natureza e eu agradecemos! 

TELEFÉRICO NA SERRA

Cadeirinhas balançado ao sabor do vento.

Uma outra forma de ver a paisagem.

 No Verão ou no Inverno...

Um dia vou experimentar!

OUTROS OLHARES DA SERRA

Aqui rasga-se a serra!

E esta vista remete-me para outro continente,

trazendo-me à memória a Fenda da Tundavala, em Angola.

Diz o Prof. Dr. António dos Santos Pereira, da UBI:

 "Esta fenda deve ter tido origem no fenómeno que se diz falha geológica. 

Nos Açores algumas delas são evidentes e na Califórnia também. 

É por aqui que a Terra treme."

Entre o céu e a terra parece não haver distância...

e o olhar perde-se nesta paisagem.

Paisagem agreste, pedregosa, tão única.

Aqui não falta água, verdadeira fonte de vida!

Vértice (marco) geodésico na Torre.

 Conhecido também como "talefe", "telefo" e "talegre" - na minha aldeia -.

A "marca" da serra que parece querer tocar o céu, 

e de muito longe se avista.

Caminhos e encruzilhadas, subidas e descidas

 que nos levam ou trazem da Torre.

E há sempre um rumo a seguir...

A escolha é de cada um!

Mas, por vezes, o caminho até parece o mundo...  

Às voltas e cheio de precipícios.

Que nos valha a Senhora da Boa Estrela 

e nos indique o melhor caminho, para em bem chegar ao destino!

NOSSA SENHORA DO AR

Celebrou-se ontem o nascimento de Maria, mãe de Jesus, e que conhecemos também por Nossa Senhora. 

São inúmeros os títulos dados a Maria que vêm da devoção mariana, e alguns pouco falados ou conhecidos. Por isso, e bem a propósito, aqui fica para os que não conhecem, a Nossa Senhora do Ar que está na Serra da Estrela.

A Capela dedicada a Nossa Senhora do Ar foi mandada construir, em 1962, pela Força Aérea Portuguesa, quando edificou no ponto mais alto da Serra da Estrela, duas torres radar para a Esquadra 13 do Grupo de Detecção Alerta e Conduta de Intercepção.

Embora a padroeira universal da aviação seja a Nossa Senhora do Loreto, de origem italiana, a devoção a Nossa Senhora do Ar nasceu em Portugal em 1924, e levou a que fosse entronizada como padroeira da Força Aérea Portuguesa, o que foi ratificado por Breve do Papa João XXIII, “Aligera Cymba”, de 15 de janeiro de 1960. A nova padroeira da Força Aérea Portuguesa, foi entronizada na Capela da Torre, a 18 de Agosto de 1962, pelo bispo da Guarda, Dom Policarpo da Costa Vaz.

Dez anos depois a Força Aérea levou a Nossa Senhora do Ar para Lisboa e deixou de utilizar estas instalações, que passaram para o turismo local, mas sem grande resultado, pois a Capela foi abandonada, vandalizada, esteve fechada dezenas de anos o que também originou o desaparecimento de imagens e de peças de paramentaria.

Em 2007, a Turistrela recupera a Capela, que é entregue à Diocese da Guarda, cujo Bispo Manuel da Rocha Felício, presidiu à inauguração das obras de restauro, tendo sido nomeado um responsável pelas liturgias ali celebradas, principalmente ao domingo.

No passado dia 25 de Julho, uma nova etapa, a Força Aérea Portuguesa, numa cerimónia simbólica, devolveu a imagem de Nossa senhora do Ar à pequena Capela da Torre, quase 50 anos depois.

Na ocasião foi anunciada, por decreto episcopal, a Comissão de Administração da Capela, que é presidida pelo pároco de Alvoco da Serra, no arciprestado de Seia.

Quando visitar a Serra da Estrela, entre na Capela mesmo que por breves instantes... E, ao sair, contemple a paisagem do mais belo santuário que Deus criou para todos!

Fontes: Santuários Marianos, Agência Ecclesia

Blogue: ideiaspoligraficas

O ESPLENDOR DA SERRA DA ESTRELA

Com a melhor vista.

Excelente para descansar.

 Por isso é bom Parar... 

Escutar e olhar...

Esta paisagem de arrebatar.

E de voz emocionada gritar: Magnifica!