domingo, 28 de outubro de 2018

MEU CHÃO DE PEDRA 💗

Esta é a pedra a que rendo a minha homenagem, e na qual englobo todos os que no passado fizeram as suas casas, muros, escadas e palheiros em ardósia, xisto, (lousa) e que permanecem até hoje como um património a preservar.
Também uma palavra de apreço a todos os que ignorando o chamariz do mais moderno e mais barato continuam a edificar em xisto ou, ainda que com algumas estruturas mais modernas, decoram as frontarias das casas com essa bela pedra.
Nesta que hoje é designada como aldeia do xisto, devia existir um bocadinho mais de bom senso e, embora não se podendo remediar muita coisa, também não se justifica fazer outras que deixam muito a desejar... 😥

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

130 ANOS DE FREGUESIA

Merece uma homenagem.
Parabéns, Sobral de S. Miguel. 💗
Foi a 25 de Outubro de 1888, que a Freguesia de Sobral de S. Miguel
foi desanexada de Casegas. Uma data a comemorar!

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

COVILHÃ: CIDADE DA REFLEXÃO, DA INOVAÇÃO E DO TRABALHO

"A Covilhã é Cidade da Reflexão, pois foi aqui que D. Sancho I, por duas vezes, refletiu o país e a forma do seu povoamento, o que naquele tempo queria dizer ocupação, exploração dos recursos e defesa. Também foi na Covilhã que os infantes D. Henrique e D. Pedro pensaram os destinos do país e aqui nasceram homens dotadas de uma capacidade de reflexão infinita como Heitor Pinto, Feio Terenas e Alçada Batista. 
A Covilhã é Cidade da Inovação pois foi aqui que, desde D. Sebastião, passando pelo Conde da Ericeira, pelo Marquês de Pombal e vários industriais covilhanenses dos séculos XIX até aos nossos dias, foram sendo promovidos os tecidos finos de lã, com uma qualidade imbatível em termos planetários adotando inovações sucessivas ao nível do debuxo, do tingimento, da fiação, da tecelagem e dos acabamentos etc. e hoje aqui se aposta nos tecidos inteligentes: os que se lavam, passam, mudam de cor e até ouvem e dizem. Não preciso explicar que a Covilhã é a cidade do trabalho. Dizem-no a História e a Literatura. Eu digo-o, o Ferreira de Castro e o Marmelo e Silva dizem-no. Basta olhar."  - Prof. Dr. António Dos Santos Pereira

sábado, 20 de outubro de 2018

CARTA RÉGIA DE D. LUIS I ELEVANDO A VILA DA COVILHÃ À CATEGORIA DE CIDADE

Por decreto de 20 de Outubro de 1870, foi esta villa de Covilhan, merecidamente, elevada à categoria de cidade; e em 16 de Janeiro de 1871, foi expedida a seguinte carta régia:
“Dom Luíz por graça de Deus Rei de Portugal e dos Algarves N" Faço saber aos que esta Minha Carta virem que attendendo a que a minha notável Villa de Covilhã, no districto de Castello Branco, é uma das villas mais importantes do Reino pela sua população e riqueza.

Attendendo a que a mesma Villa é uma das Povoações do Reino que mais se tem distinguido pela fecunda iniciativa de seus habitantes na fundação e aperfeiçoamento de muitos e importantes estabelecimentos fabris, cujos productos podem já disputar primasia com os das fábricas estrangeiras mais acreditadas pelo seu desenvolvimento industrial. E desejando dar aos habitantes da referida Villa um solene testemunho do subido apreço em que tenho os seus honrados esforços pelo progresso e aperfeiçoamento da indústria nacional: Hei por bem fazer mercê à dita Villa da Covilhã de a Elevar à cathegoria de Cidade, com a denominação de cidade da Covilhã, e Me apraz que n’esta qualidade goze de todas as prerogativas, liberdades e franquezas que directamente lhe pertencem. Pelo que Mando a todos os tribunaes, Autoridades, Officiaes e mais pessoas a quem esta Minha carta for mostrada que indo assignada por Mim, referendada pelo Ministro e Secretario d’Estado dos Negócios do Reino e sellada com o sello pendente das Armas Reaes, hajam a sobredita Villa por cidade e assim a nomeei sem duvida ou embargo algum.
Pormenor do selo pendente das armas reais. 
Foto que me foi pela enviada pela Dra. Sandra Ferreira, responsável pelo Arquivo Municipal da Covilhã e actual Presidente da Junta de Freguesia de Sobral de S. Miguel.
Pagou de direitos de Mercê e addicionaes cento e cincoenta e quatro mil réis, como constou de um conhecimento em forma numero quinhentos evinte e cinco passado em dezaseis do corrente mez pela Recebedoria do sello de verba do districto de Lisboa. E esta carta é passada em dois exemplares um dos quais depois de registado nos livros da Câmara Municipal da Covilhã e no Governo Civil de Castello Branco, servirá para título d’aquella corporação, e o outro será depositado no Real Archivo da Torre do Tombo.

Dada no Paço da Ajuda em dezeseis de Janeiro de mil oitocentos setenta e um.

El-Rei (rubrica)

COVILHÃ EM FESTA

Hoje, 20 de Outubro, na comemoração 
do 148º aniversário da elevação a cidade. 
O programa das comemorações já se iniciou no dia 18, mas destaco para amanhã, às 15h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a Sessão Solene de Homenagem a varias personalidades, onde se inclui o nosso conterrâneo e amigo, Prof. Dr. António dos Santos Pereira.
É com júbilo que festejamos esta merecida distinção, que enche de orgulho todos os sobralenses, e faz com que não seja só a cidade a estar em festa mas também a aldeia de Sobral de S. Miguel.
Parabéns, Sr. Professor António dos Santos Pereira

 Parabéns, Covilhã!

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

MEMÓRIA QUE NÃO SE APAGA

Apesar de a natureza estar a renascer das cinzas, as memórias da tragédia de 15 de Outubro permanecem bem vivas na memória de quem as viveu, mas também de quem passou por estes caminhos pouco tempo depois da tragédia. 
O verde dá novo alento, minimiza o impacto que o negro deixa na paisagem, e, de certa forma, suaviza a dor e o luto. Mas infelizmente pouco se fez para tentar mudar o cenário de uma floresta desordenada e sem futuro.
Se ninguém acudir como deve ser, este verde pulmão vai desaparecer e, com ele, toda uma região cheia história que não merece tal ostracismo.😢

CAMINHOS NEGROS

Incêndios, furacões, terramotos...
 Destruição, Fome, Pobreza e DESESPERANÇA
  Neste Dia Mundial da Erradicação da Pobreza. 😥

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

VIVÊNCIAS QUE NOS MARCAM PARA SEMPRE

Hoje, um ano depois desse fatídico dia 15 de Outubro de 2017, não me posso esquecer de ti, Mariana Diogo, que viveste na pele este horror de estar rodeada de fogo e com esse monstro "jogar", fintando-o, numa luta desigual mas que corajosamente venceste. 
Lembro-me do desespero dos teus pais a tentar saber que caminhos seriam mais seguros para regressares a casa, em vez de prosseguir viagem, mas uma tarefa difícil quando as comunicações se tornam inexistentes. Sendo, por isso, a tua própria avaliação no terreno e o teu instinto de sobrevivência a única segurança possível. 
A noite a cair rapidamente, o fumo que de trás de serra se adensava, deixou-nos ali, pregados ao chão, a tentar disfarçar a angústia, de coração sobressaltado e em prece silenciosa aos céus. 
Quando o teu carro assomou no cimo do caminho, que alegria! Um misto de sentimentos fizeram com que algumas lágrimas aflorassem no canto dos olhos, mas logo bem disfarçadas porque o momento era de agradecimento e festa pela tua VIDA!
Mariana, o que mais desejo é quem de direito faça o trabalho devido - o que infelizmente ainda não aconteceu - para que nos caminhos da serra que vezes sem conta tens de percorrer nunca mais aconteça semelhante pesadelo e com tantas vidas inocentes perdidas.
Todos morremos um pouco em cada devastação que o fogo causa, porque o ar que respiramos se contamina, mas também porque a história da nossa região e da nossa terra se vai sumindo, lenta e inexoravelmente nas labaredas e no fumo de cada incêndio. Quem nos acode?
Nota: Nas primeiras fotos o fogo que lavrou em Oliveira do Hospital, visto de Sobral de S. Miguel. Nas restantes, a constatação - um mês depois- da devastação causada por esse incêndio na zona de Avô, e caminhos por onde a Mariana passou. 

15 DE OUTUBRO DE 2017

Faz hoje um ano, a serra à minha frente resplandecia de verde, acentuando ainda mais a cor das labaredas que do outro lado se erguiam, pelas 19h00, num inferno dantesco que destruiu tudo à sua passagem e roubou vidas e sonhos.
Nenhuma homenagem vai apagar o que passou, mas ainda assim, recordo aqueles que viveram esta angústia e a minha oração por todos os que pereceram e pelas suas famílias.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

SANTOS ANJOS DA GUARDA

Na fonte da minha aldeia
Está um anjo-da-guarda
A quem pedia protecção
Sempre que por lá passava.

Em azulejo azul
Vejo São Miguel, formoso
Padroeiro da aldeia
Arcanjo mui milagroso.
Neste que é o dia dos Anjos
Não posso por lá passar
Mas deste lugar lhe peço
Para a todos guardar.

E logo mais à noitinha
Quando eu for descansar
Ao São Miguel Arcanjo
No silêncio vou rezar.

MM
Outubro 2018