A caminho do calvário
tanta gente, todos os dias.
Às vezes passam por nós,
em passo lento, alquebrado,
de olhos no chão, sofridos e sós...
Não os vemos e não sentimos,
alheamo-nos dos demais,
entorpecidos que estamos
por tantas imagens de horror,
que nos entram casa dentro
e se tornaram banais...
Só as flores que ainda brotam
no silêncio, rentes ao chão,
parecem ter compaixão.
As pétalas humedecem,
murcham e parecem chorar
por quantos no mundo padecem
e não podem aliviar.
Nesta Sexta-feira Santa,
perene caminho do calvário,
salva-nos de novo, Senhor Jesus.
Traz aos nossos dias um Simão de Cirene,
que nos ajude a carregar tão pesada a cruz.
Mariita
Março 2024
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