Desertas estão as ruas
Há muitas portas fechadas
Balcões e escadas nuas
Folhas secas nas ramadas
Fere-me o silêncio em redor
Sinto medo de o quebrar
Estala no peito grande dor
Uma vontade louca de gritar
Minha terra, meu amado chão
Verte lágrimas de amargura
Em longas noites de solidão
E dias pejados de agrura
Mais uma porta que se fecha
Perde-se a raiz e a memória
Abre-se no coração nova brecha
Em breve um povo sem história
MM
Julho 2019
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