Em dias de solidão,
Tempos duros que afectam
E moem o coração.
Na distância e sem toque
De um abraço, ou beijo,
Triste é a sua sorte
Que atrás de um vidro vejo.
Queria tanto aconchega-la
De encontro ao meu peito
Mas está longe, deitada,
E alheada no seu leito.
O tempo que não perdoa,
Levou-lhe quanto prezava.
Desembaraço, passo de quem voa,
Belo sorriso e sonora gargalhada.
Nonagésimo aniversário,
Diferente e tão dorido,
É mais uma conta do Rosário
De quem muito tem sofrido.
Parabéns, querida MÃE,
Abraço-a, de coração e pensamento.
Como a senhora, mais ninguém,
Merece o céu e não tormento.
MM
22 de Agosto, 2020
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