terça-feira, 6 de outubro de 2020

AMÁLIA RODRIGUES

"A Diva que cantou os Poetas" 

Em Caldas de São Jorge, uma freguesia de Santa Maria da Feira, há um pequeno jardim denominado JARDIM AMÁLIA RODRIGUES, com um Memorial em homenagem esta grande SENHORA, e que hoje dou a conhecer.
O jardim não é muito grande, mas é aprazível, e para quem como ela gostava de coisas simples, até era capaz de se sentir bem pela perfeita comunhão que aqui se tem com a natureza.
O espaço verde, as árvores e os pássaros que por aqui poisam, torna o jardim um lugar privilegiado para um passeio ou descanso.
As águas calmas e sussurrantes do Rio Uíma passam por aqui refrescando o local, mantendo-o ainda mais verdejante.
Esta pequena queda de água é cenário perfeito para apreciar e sentir a sua frescura retemperar do calor que no Verão aqui se faz sentir.
No Memorial, para além da imagem da Diva, há também dois belos poemas de sua autoria, e por ela  cantados  de forma única e inconfundível, com dor e sentimento.
Cedo ouvi os seus fados, primeiro na voz muito bonita de minha mãe, e só mais tarde, em casa da minha amiga Maria Manuela Nunes de Sousa, que já tinha discos e alguns da grande Amália, e só então soube quem ela era!
Sempre que podia lá ia eu escutá-la vezes sem conta, acho que até risquei alguns discos, principalmente o da "Carmencinta" que adorava. Quando oiço a magnificava voz de Amália, continuo a sentir os mesmos arrepios na alma, comoção no coração e um prazer infinito por ouvi-la. Fecho os olhos e apenas escuto!
Este ano estão decorrer as comemorações do centenário do seu nascimento, cuja data é imprecisa, mas ela dizia que nasceu no mês das cerejas! E, sabemos agora, que foi baptizada na Igreja Paroquial do Fundão, pela publicação desse registo feita este ano pelo actual pároco Helder Lopes. (Foto publicada pela Agência Ecclesia). 
Por isso, Amália é, pelas raízes familiares, também um bocadinho "nossa" - se assim o podemos dizer -  das gentes da Beira que ela adorava, mas onde não terá sido bem acolhida pelas elites do tempo. Quem sabe, talvez seja uma história para desvendar um dia. 
À Senhora D. Amália, mulher de força e coragem, simples, de grande coração, de grande cultura, sem contudo a demonstrar, poeta e ALMA maior DO FADO, presto a minha singela homenagem, e recordo-a neste dia em que fisicamente partiu deste mundo - há 21 anos - mas onde continuará para sempre pelo legado ímpar que deixou a Portugal e ao mundo. 

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