Em Novembro realizou-se mais uma Cimeira do Clima, que apesar da dramática situação em que a "nossa casa comum" se encontra, terminou como se previa, sem resoluções e que comprometam todos os países para que algo possa mudar. Continua a haver um longo caminho a percorrer e que a todos diz respeito.
Não há só maus ou bons nesta questão! Cada país tem os seus próprios problemas, e há muitas políticas referentes ao chamado desenvolvimento, com uma altíssima carga poluente, mas que não são travadas pelos governos pela contestação e desemprego que isso iria gerar.
Há toda uma filosofia de vida que os governos têm de se esforçar por implementar, mas que os chamados grandes grupos económicos travam a todo o custo. Sensibilidade, bom senso, muito trabalho de campo e criação de condições de transições justas, para que as populações não se vejam na iminência de sair de uma miséria e entrar noutra.
A pressão urbanística, as zonas industriais, o trafego automóvel e aéreo, tudo embrulhado em "papel de progresso", afinal parece resultar é num presente envenenado que ninguém tem coragem de não continuar a "oferecer"!
O desastre das alterações climáticas agrava-se com a devastação provocada pelos incêndios, a que se junta o corte indiscriminado de árvores, plantação de km e km da mesma espécie sem corredores que delimitem com outras árvores.
O flagrante desrespeito da falta da devida manutenção das faixas de segurança ao longo das estradas e a limpeza de florestas, estatais ou privadas, são o espelho do desleixo de quase tudo o que diz respeito à natureza, desde que não seja para fins turísticos ou a iminência de ganhar muito dinheiro.
Assistimos por isso a incêndios cada vez mais terríveis e devastadores em todo o mundo e com a perda de vidas humanas, como aconteceu entre nós em 2017, com a tragédia de Pedrogão Grande, em Junho, que fez pelo menos 64 mortos directos, mais de 250 feridos e cerca de 500 milhões de euros de prejuízos. Seguindo-se em Outubro Viseu, Guarda, Castelo Branco, Aveiro e Leiria onde morreram 45 pessoas e cerca de 70 ficaram feridas, casas devastadas e também centenas de prejuízos.
Não há vontade de fazer equilibrar as coisas e natureza ferida revolta-se! Por isso, depois dos incêndios contabilizam-se os tufões, furacões e chuvas diluvianas que tudo levam à sua passagem. Que mais será preciso acontecer para que se mude?
Mas, a responsabilidade não cabe só aos governos mas também a todos nós. Todos temos que fazer mais pelo planeta, porque está em risco a nossa sobrevivência. A terra, de uma forma ou de outra vai sempre sobreviver, nós, se não arrepiamos caminho procurando viver uma vida mais sustentável, não deixaremos nada para as gerações futuras que são os nossos filhos, netos e bisnetos.
Há tantos pequenos gestos que podem fazer a diferença e, mesmo assim, muitos temos preguiça de os fazer. E nesta falta de consciência não se incluem só os mais velhos! Pensamos que os mais jovens estão totalmente despertos para esta problemática do desperdício e da poluição que contribuem para as alterações climáticas e fazem esforços para viver uma vida mais simples mas infelizmente não é assim!
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