segunda-feira, 16 de outubro de 2023

PAISAGEM NEGRA SEM SER DO FOGO 😥

Estação de energia fotovoltaica a nascer na planície da Cova da Beira. A quem serve esta paisagem que dizem ser o futuro?  
As florestas ardem, fica tudo negro, estevam desornadas, nascem ainda mais desordenadas, cheias de espécies invasoras, perde-se biodiversidade e muitas plantas autóctones não voltam a renascer.
As plantações intensivas mais que duplicaram ou triplicaram, arrasam a agricultura convencional e, ainda por cima, algumas a requerer recursos hídricos que não temos.
Os químicos, cujo uso se sabe o que faz, continuam a ser usados em grande escala, a secar os solos e a contaminar as águas.
Depois das eólicas nas serranias enchem-nos agora o território, em terras planas e de solo arável, com quilómetros de painéis fotovoltaicos que deixam a paisagem horrivelmente descaracterizada.
Abrir a janela da casa e dar de caras com este "lençol" negro é seguramente bem pior que as torres brancas de hélices a bailar ao vento.
Nascerá vegetação por baixo desta negritude, ou despejam para lá químicos para que isso não aconteça?
Se é sabido que as flores silvestres estão drasticamente reduzidas, os insectos polinizadores, nomeadamente as abelhas, estão a morrer e se a nossa alimentação depende dessa cadeia, qual será o futuro das vinhas, pomares e hortícolas da Cova da Beira -neste caso- e de outros por esse Portugal fora?
Fica a pergunta para pensar NESTE DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO. 

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