Nesta linda aldeia de Monsanto, conhecida com o a mais portuguesa de Portugal, mas também Aldeia Histórica, a vida de esperança que emergia é desfeita agora por uma pandemia.
Nesta altura em que praticamente o mundo inteiro -Portugal incluído- se debate com um pesadelo jamais imaginado chamado coronavírus (Covid-19), a desertificação aqui e em todo o interior centro, teve o efeito benéfico de livrar, até agora, esta aldeia e muitas outras da região da propagação do vírus
Nos últimos anos o turismo na região foi crescendo, registando agora um número apreciável de visitantes, que continuava a crescer, e se deliciava com esta paisagem e gastronomia locais.
A partir do final de Fevereiro tudo se alterou e um cenário apocalíptico horizonte se desenhou, com viagens interrompidas, reservas canceladas e o silêncio a pairar sobre a aldeia.
Instala-se agora o medo onde agora se instala medo a pensar que se o turismo volta é possível que o vírus venha com ele e traga a morte, mas se não volta ainda haverá uma nona janela de oportunidade... ou tudo morrerá?
E, para infortúnio, se alguém adoece, já não pode contar com o médico ao "da porta", como acontecia outrora, em que o médico e conceituado escritor Fernando Namora cuidada das pessoas.
Desta terra disse Fernando Namora: "Cada manhã em Monsanto nasce o mundo. Lá me apercebi que a sombra é azul."
Portas e janelas fechadas, ruas desertas. Foram-se os caminheiros e aqueles que apenas queriam desfrutar da beleza da natureza, da rusticidade do local ou da genuinidade do toque e canto das Adufeiras.
Que os céus sejam clementes e olhem por estas gentes que tanto precisam de amparo. Porque eu e muitos mais vamos quer voltar e as saudades mitigar.
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