quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

JANEIRO À ESPERA DE SER VESTIDO 😊


Ainda mal se anuncia no horizonte o Outono e já ao balançar da ventania as árvores de folha caduca cumprem o seu ciclo de vida despindo-se sem contemplações. Há tapetes de milhares de folhas dourados a cobrir o chão que ao domínio do vento rodopiam em bailados perfeitos e em todas as direcções.
Há locais onde essa nudez é bastante sentida pelas muitas árvores que ali foram plantadas e se despem agora deixando ver, por entre galhos que parecem secos, o céu azul pincelando de branco, outras vezes cinzento ou negro, com a ameaça da chuva sempre desejada e desde que venha na quantidade adequada. 
Em dias curtos e noites mais longas demasiado rápido passa o Outono. De repente, num leve estremecer, abre-se a porta do Inverno para nos presentear com esta paisagem "fria e nua" que parece sem aconchego e Janeiro emoldura.  
Os jardins perdem a beleza das flores e o viço das árvores. Raramente se ouvem risos ou bulício de crianças. Recolhem-se os mais velhos que fazem do jardim ponto de encontro e lhe dão o tão desejado calor humano.
Porém, todas as estações revelam encanto e são essenciais ao equilíbrio do ambiente. Da morte nasce a vida e com ela a nova cor que, em breve, a Primavera vai trazer e dela poderemos desfrutar. 
De mansinho, cada ramo deste e doutros troncos reverdecerá tornando as árvores de novo frondosas que nos abrigarão com a sua sombra, libertarão oxigénio e absorverão o dióxido de carbono prejudicial à nossa saúde. Bendita seja a natureza pela sua beleza e generosidade!

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