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segunda-feira, 6 de março de 2023

POETA: ANTÓNIO SALVADO


Março, ainda com poucos dias, mas já trouxe a tristeza da morte de António Salvado, um "sobrenatural" poeta, como lhe chama António dos Santos Pereira e a quem daria o prémio Nobel. E, não fora este, eu não teria o privilégio de ler a sua bela poesia.

Será, então, justo dizer que tarde me foi dada a conhecer obra de António Salvado, poeta albicastrense  muito reconhecido e que recentemente tinha celebrado o seu 87º aniversário.

De acordo com o jornal digital Alcance Magazine, "António Salvado começou a sua longa carreira poética – mais de 80 títulos – na adolescência ao lançar os seus primeiros poemas no Jornal Reconquista. O seu primeiro livro de poesia intitulado A Flor e a Noite foi lançado em 1955, quanto tinha dezoito anos. Muitos dos seus poemas integraram importantes antologias portuguesas e estrangeiras e foram traduzidos para diversas línguas. A qualidade da sua vasta obra deu-lhe reconhecimento nacional e internacional, com a atribuição de vários prémios, onde se distinguem a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pelo Ministério da Cultura de Portugal em 1988 e a Ordem Militar de Sant’iago da Espada, atribuída em 2010 pelo Presidente da República.

Licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo a oportunidade de frequentar – após receber uma bolsa de estudo do governo francês – a reputada Universidade de Sorbonne, em Paris.

Foi muitos anos professor do Ensino Secundário e do Ensino Superior, tendo-lhe sido concedido o grau de Doutor Honoris Causa, pela Universidade da Beira Interior (Covilhã). Entre 1974 e 1989 foi Director-Conservador do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, onde realizou um trabalho marcante e de excelência, ainda hoje reconhecido pela comunidade albicastrense."

Eu atrevo-me a dizer que a perda de um poeta é também uma perda para a cultura do país, da região de onde provém e suas gentes - neste caso do distrito de Castelo Branco -  mas também para toda a humanidade.

Fica o seu legado em obra, que é eterno! E que dessa obra se dê o devido conhecimento, se estude, leia e declamem todas as PALAVRAS com amor, sentimento e reconhecimento por quem as escreveu e nos deixou como herança e riqueza essa bruxuleante maravilha que é a POESIA.
Foto de: António Dos Santos Pereira | Facebook

E, em breve, espero também ler o livro a ele dedicado da autoria do sobralense e distinto professor, historiador, escritor e também poeta, António dos Santos Pereira.

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