É verdade que as vindimas já passaram, porém, hoje, apeteceu-me "olhar para trás" e deixar aqui as imagens do pequeno "mimo" com que as videiras da Giesteira este ano fizeram a gentileza de nos presentear.
O tempo foi particularmente agreste pela falta de chuva, mas as videiras resistiram e as uvas eram doces e bem doces, com aquele sabor verdadeiro da uva ao natural. Uma maravilha!
A chuva que caiu, de certa forma já fora de tempo, quase as estragava todas, mas ainda fomos a tempo de salvar uns quantos cachos.
Abençoada natureza por tudo quanto nos dá e de que às vezes nem somos merecedores, porque a deixamos só e ao abandono a maior parte do tempo.
Ficam algumas das belas imagens da pequena "produção" deste ano, de cachos negros alinhados e pendurados de uma forma única, bela e perfeita!
Um dia, quando eu já não puder admirar estas paredes de xisto enfeitadas de videiras, terei estas e outras imagens que me farão companhia e, espero, não me deixem esquecer a minha infância e, muitos anos mais tarde, o gosto por aqui voltar.
Se as memórias da infância são as que perduram eu gostaria de, para além dessa, manter intactas também as vividas neste local, de novo com a minha mãe, eu agora já com um filho nos braços, filho esse que, vá lá saber-se porquê, também gosta deste local. Destinos!
Depois, a vida levou-nos de novo para outras paragens, e só muitos anos mais tarde voltamos a pisar estas lezírias, mas sem pretensão alguma, a não ser tentar mantê-las nas condições mínimas de limpeza, para, como dizia minha mãe, saberem que têm dono!
As videiras parece que reconhecem esta nossa saudade e a vontade de agarrar a vida que nos foge todos os dias e, generosamente, dão-nos a sua recompensa!
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