Nestes caminhos tão familiares que sei já ter percorrido tantas vezes por bons motivos, hoje, infelizmente, não é assim.
Abstraio-me com a velocidade da viagem e dos carros que vão circulando e tudo parece tornar-se mais fácil. É apenas ilusão!
Há vozes adormecidas que agora parecem acordar e com elas vou a dialogar, em silêncio, sobre cada pedação de chão, cada árvore e cada nova cultura em expansão.
Que diria meu tio Padre se voltasse agora aqui a passar connosco, a guiar o seu carro, e bem conhecedor de todo este território fazer de verdadeiro cicerone como tanto gostava?
Hoje, porém, a sua missão é seguramente outra e não menos importante. Acolher o irmão mais novo no Reino dos Céus, levá-lo à presença de Deus e ao abraço dos pais e irmãos que já lá se encontram.
Sinto a voz embargada, uma lágrima a deslizar na face e o silêncio da paisagem esmaga-me!
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