quarta-feira, 15 de julho de 2020

AS PORTAS FECHADAS


Triste destino marcado 
Em cada porta fechada.
É a saudade que dói,
Atormenta, e aos céus brada!
Quantas e boas recordações 
Daqui guardo com carinho,
 E sinto mil emoções
Neste rústico cantinho!
Ainda oiço as vozes,
Despertando a madrugada 
Adivinho passos velozes
Para a lida afadigada!
Em tarde já de cansaço
Nesta soleira sentada
Da avó Ana era o regaço,
Onde me sentia amparada!
Ficaram portas e pedras
Que ainda me contam histórias
Gravadas por estas serras
E são eternas memórias!
MM
2020

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