Às vezes, nas minhas andanças, revisito recantos de que guardo gratas memórias, porque me sinto saudosa das pessoas que nem sempre aqui estão, e de outras que infelizmente já não voltarão. Sento-me em qualquer degrau e ao pensamento vêm-me as conversas e histórias aqui contadas e, sem perceber como, sinto a presença e oiço a voz de quem recordo.
O doce murmúrio da ribeira embala esta sensação de, mesmo com tudo fechado, e sem viva alma que por mim passe, não me sentir só. E, o sol que na tarde declina, na sua infinita beleza, ameniza a minha tristeza e confere um tom dourado à nesga da paisagem que coroa este quadro.
Depois, detenho-me nas perfumadas rosas, belas e viçosas que parecem querer elevar-se ao céu. Então, dou por mim a pensar, que este cuidado das rosas será simplesmente para homenagear quem já aqui viveu. E estou em crer que conseguem!
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